Desbloqueando celular com cópia da impressão digital

Biometria não é invencível. Como parte de uma investigação de homicídio, a polícia pediu a ajuda de uma universidade dos EUA para desbloquear o celular da vítima.

Policiais responsáveis por uma investigação de homicídio nos EUA depararam com a necessidade de desbloquear o celular Samsung Galaxy S6 da vítima. Pelo estado do corpo, não era possível usar os dedos da própria vítima para isto. A solução foi pedir o apoio de pesquisadores da Universidade de Michigan.

Sua impressão digital pode estar ‘nas mãos’ de pessoas mal intencionadas?

Uma primeira tentativa foi feita via a fabricação de um dedo em uma impressora 3D de alto custo, com base na imagem da impressão de um arquivo policial. A baixa qualidade da imagem, entretanto, fez com que o teste fracassasse. Os pesquisadores então usaram um software para tratamento de imagem para preencher as lacunas na digital e a imprimiram em papel, com o uso de uma impressora jato de tinta comum e um cartucho de tinta condutiva (que contém prata na formulação). A impressão 2D em equipamentos baratos obteve sucesso onde o 3D topo de linha falhou e o celular foi desbloqueado.

A polícia também contou com a sorte de o celular da vítima não estar configurado para pedir a senha depois de erros repetidos de leitura da digital. Outros sistemas e aparelhos poderiam ter impedido isto. No caso do iPhone, por exemplo, depois de 48 horas do último desbloqueio usando a digital, ele obriga o usuário a digitar a senha.

Até mesmo o acesso a uma cópia oficial da impressão digital pode ser desnecessário, como hackers já demonstraram em 2014 ao copiar a impressão digital da ministra de defesa governo alemão somente com base em fotografias públicas, incluindo algumas de press releases oficiais.

Os pesquisadores da Universidade de Michigan publicaram em fevereiro um artigo descrevendo o método de impressão 2D da digital usando tinta condutiva, além do vídeo abaixo que dá uma visão geral da técnica. A reportagem original da Universidade sobre o caso está disponível aqui: http://msutoday.msu.edu/news/2016/accessing-a-murder-victims-smartphone-to-help-solve-a-crime/