Custo dos crimes cibernéticos será de US$2 trilhões em 2019

Além dos valores roubados, a conta também inclui custos de paradas no negócio. A transformação digital da economia explica o aumento vertiginoso do cibercrime nos últimos anos.

Crime

Foto: Tony Webster – Wikimedia Commons

No século passado, um famoso ladrão e fugitivo do FBI foi perguntado porque roubava bancos. A resposta foi “porque é onde o dinheiro está”.  Com a transformação digital da economia, os criminosos não ficaram parados e vem migrando dos golpes tradicionais para o cibercrime.

Como em outras atividades ilegais como o tráfico de drogas, mensurar a real receita dos criminosos não é tarefa fácil e se baseia normalmente nas prisões realizadas junto com uma estimativa das quadrilhas ainda em atuação. No caso do cibercrime, a conta também considera os custos da interrupção nas operações normais das empresas e o custo de recuperação. Mais difícil ainda é calcular o custo da espionagem industrial entre empresas.

A internet oferece oportunidade de ganhos de escala para os criminosos com pouco esforço envolvido. Considere por exemplo que o primeiro ransomware desenvolvido no Brasil cobra R$2.000,00 de suas vítimas, com pagamento em Bitcoins.

A projeção de 2 trilhões de dólares para 2019 foi feita pela Juniper, e segue a linha de avaliações feitas por outras instituições. Por exemplo, a seguradora britanica Lloyds calcula o custo atual do cibercrime em US$400 milhões, número que tem crescido ano a ano. O mercado de produtos e serviços de segurança cresce para acompanhar esta demanda, passando de US$75 bilhões em 2015 para US$175 bilhões em 2020 segundo a PwC.

A revista Forbes destaca estes e outros números em uma recente reportagem.