O inimigo no seu smartphone
Número de malware para smartphones cresceu 10 vezes desde 2012, aponta uma empresa de segurança.
Segundo relatório da Kaspersky, a quantidade de malware para dispositivos móveis chegou a 12.000.000 no final de 2014, um crescimento assustador nos últimos anos. Com a popularização do BYOD, isto requer atenção redobrada da TI, e a inclusão dos temas de mobilidade nas auditorias de segurança da informação e avaliações de risco.
Por se tratar de dispositivos mais fechados em relação a um PC tradicional, muitos usuários acreditam que seus tablets e smartphones são imunes a este tipo de ameaça, o que faz com que as ações dos próprios usuários facilitem a instalação do malware.
Boa parte deles vem no formato de aplicações, mesmo aquelas disponíveis nas lojas oficiais do Android e iOS. São desde clones genéricos de aplicações populares (com o “Flappy Bird”) ou aplicações que prometem fazer alguma coisa mas realizam ações bem diferentes. Um exemplo recente foi o VirusShield, aplicação paga para Android que prometia ser um antivírus, mas que na verdade não fazia nada. Apenas simulava um scan no smartphone e depois informava que seu dispositivo estava limpo. Falsa sensação de segurança para o usuário e lucro certo para o autor, que durante alguns dias viu sua aplicação chegar ao topo das mais vendidas, até ser removida pela Google.
A plataforma Android é especialmente perigosa, pois torna mais fácil o usuário instalar aplicações em lojas de apps de terceiros. Já no iOS, isto só é possível via jailbreak do dispositivo, o que tipicamente não costuma ser feito pelos usuários comuns.
Além das aplicações pagas com falsas promessas, os autores destes malwares monetizam suas aplicações com outras técnicas tais como forçar o envio de SMS para números de telefone premium, publicar anúncios, escravizar o dispositivo como membro de uma botnet ou o roubando os dados locais, incluindo dados bancários. Também já começaram a surgir os ransonware para smartphones, bloqueando o dispositivo e exigindo pagamento de resgate.
Segundo a Kaspersky, no Brasil, 0,17% dos aplicativos instalados nos smartphones são na verdade alguma forma malware. Parece pouco, mas pense na quantidade de dispositivos em uso e no grande número de aplicações que os usuários costumam instalar.
Por fim, a empresa fez este desenho animado para chamar a atenção (ou assustar) sobre o problema crescente dos malwares para dispositivos móveis. Confira. A integra do relatório pode ser lida aqui.